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Teatro Dom Roberto
teatro tradicional português de marionetas
patrimonio robertos.jpg
Inscrito no Inventário Nacional do Património Imaterial  INPCI_2021-003

Ficha Artística

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Marionetista: José Gil
Construção de Bonecos e Adereços: José Gil
Costureira: Maria Luísa Gil
Desenho: Natacha Pereira
Pesquisa: Sofia Vinagre e José Gil
Produção: S.A.Marionetas - Teatro & Bonecos

Ficha Técnica

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Técnica: Marionetas de luva
Altura: 2,50 m / Largura: 2 m / Profundidade: 2 m
Montagem: 15 minutos / Desmontagem: 15 minutos
Maiores de 4 anos

O Teatro de Robertos representa, seguramente, uma das tradições mais antigas das artes cénicas, não só na sua vertente portuguesa e europeia, mas também nos heróis populares do oriente. De facto, a origem desta forma de arte popular de representação remonta, na tradição europeia à Commedia dell' Arte italiana do século XVI e não parece ser improvável que as tradições orientais tenham tido, de alguma forma, influência na evolução deste tipo tradicional de representação.
É durante o século seguinte que a deambulação de artistas, principalmente franceses e italianos, proporciona uma miscigenação neste tipo de teatro, estando a sua evolução intimamente relacionada com as especificidades culturais de cada país. Em todo o caso, traços constantes atravessam todas as tradições europeias de heróis populares: o carácter subversivo/burlesco dos textos e representações, a utilização de palhetas que emitem sons estridentes (simultaneamente ideais para captar a atenção do público bem como para realçar a sincronização gesto/som, tão importante na criação de uma aparência de "vida" nos pequenos bonecos de luva) e, por fim, a invencibilidade dos heróis, capazes até de vencer o pior dos inimigos - a morte. Contudo, interessa realçar a peculiaridade da ramificação portuguesa, visto todas as personagens envolvidas possuírem " voz de palheta".
Em Portugal, o herói popular chega aos nossos dias com o nome de Dom Roberto, apesar de, no século XVIII, várias serem as designações para este teatro de fantoches de luva. A prevalência deste nome está, por ventura, ligado a uma comédia de cordel com grande repercussão, intitulada "Roberto do Diabo".

No entanto, apesar do teatro de Robertos ter conhecido um assinalável êxito até, sensivelmente, à década de sessenta do século XX, não só através dos pavilhões que incorporavam as feiras e romarias como também nas praias e cidades, sobrevive, hoje em dia, graças aos testemunhos que chegaram até nós de uma forma fragmentária e até mesmo controversa, deixados pelos mestres bonecreiros Domingos Bastos Moura e António Dias e pelo proprietário de um dos famosos pavilhões (Pavilhão Mexicano), Manuel Rosado. A S.A.Marionetas, tendo tido o privilégio do contacto directo com o Mestre António Dias, um dos últimos fantocheiros populares portugueses, recriou, a partir do seu testemunho, duas peças - “O Barbeiro” e “A Tourada”. Mais recentemente, e procurando preservar esta forma de arte tradicional, a companhia recuperou mais três peças do repertório de Teatro de Robertos - “A Rosa e os 3 Namorados” , “O Castelo dos Fantasmas” e "O Saloio de Alcobaça"

Pretende-se assim, não deixar desaparecer o teatro de Robertos, enquanto herança cultural portuguesa.

Prémios

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Prémio - "Melhor Manipulação" MATERINKA Festival - Liberec -República Checa - 2021

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 - "Preservation of traditions of ancient street theatre" 1º Kyiv international festival of puppet theatre - Ucrânia - 2017

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- "Best Traditional Show"  Harmony World Puppet Carnival - Bangkok - Tailândia 2014

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-  "Best Traditional  Street show"  Wayang World Puppet Carnival - Jakarta - Indonésia - 2013

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- "Preservação e continuidade do teatro de marionetas europeu" (14º festival mundial da arte da marioneta em Praga)- 2010

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"O Castelo dos Fantasmas" + "O Barbeiro" + "A Tourada" 
Duração do Espectáculo: Aprox. 25/30 minutos
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cada sessão é composta normalmente por duas histórias ou 3 que podem se combinadas
entre si das 5 disponíveis no reportório. Nunca excedendo o máximo de 3 histórias por sessão
(existem pequenos intervalos entre as representações)​
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Sinopses das histórias

 

O Barbeiro Diabólico

Dom Roberto, o nosso herói, no dia do seu casamento procura um barbeiro para lhe desfazer a barba e o cabelo. Depois do serviço feito, Dom Roberto não quer pagar por achar muito caro. Tem uma grande desavença com o Barbeiro. Chega o Padre para resolver o assunto. O Policia ainda tenta por ordem na rua. Aparece o Diabo que o quer levar com ele e finalmente a Morte. Dom Roberto acaba vencendo a própria morte.

 

O Castelo dos Fantasmas

A Princesa está presa no Castelo e este está cheio de fantasmas. Um Crocodilo que está sempre a tentar comer tudo. Um Gigante que mantêm a Princesa presa. Dom Roberto ao passar perto do castelo vê a Princesa presa e esta promete-lhe: se ele a libertar casa com ele. Ao ouvir tal promessa, Dom Roberto vai tentar vencer tudo e todos para casar com a bela princesa.

 

A Tourada

O Toureiro, vai tentar tourear o Touro, mas este parece não perceber o que ele quer. Ao fim de várias tentativas o Toureiro lá consegue fazer alguma coisa do Touro que afinal não era nada burro. De seguida aparecem os Forcados a dançar o fandango preparando-se para fazer a famosa e arriscada pega de caras com o Touro.

 

Rosa e os três namorados

Rosa tem três namorados, o Sapateiro, o Ourives e o Brasileiro. Todos lhe prometem muito ouro bens e dinheiro. Um dia , quando os patrões saíram, deixaram a casa ao cuidado da Rosa e esta recebe a vista dos namorados. Com medo de ser apanhada, Rosa vai escondendo os namorados pela casa. Quando chegaram os patrões ouvem barulho e acham que há ladrões em casa. Aparece o Policia e esta a confusão instalada.

 

O Saloio de Alcobaça

O Saloio vai à cidade tentar vender frutas e legumes e diz que é de Alcobertas, mas não consegue vender nada. Todos se riem dele. Maria Varina que andava a vender peixe percebe e ajuda-o. O Rui Valente com ciúmes, desafia-o para lutar com um pau. Os irmãos João e zé Porradas pensavam que ele era rico e tentam ficar-lhe com o dinheiro. Mas no final, o Saloio passou a ser de Alcobaça casa com Maria Varina.

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"O Barbeiro" e " A Tourada"

"O Castelo dos Fantasmas"

"Rosa e os três namorados"

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